No fundo trata-se apenas do olhar, talvez um olhar emocional, que de uma maneira muito imperceptível manda na criação, na câmara, no enquadramento... em tudo até ao resultado final.
E foi esse mesmo olhar
que reivindicou estas molduras, tão datadas e relacionadas com a pintura, para
determinar os limites materiais destas imagens que evocam movimento, vivem dos
enquadramentos fotográficos e expressam um mundo onírico muito pessoal. Esta
opção é um desafio aos códigos visuais que absorvemos desde sempre. É uma desconstrução
que pretende provocar um diálogo interior sobre a imagem.